Na opinião da secretária Thabata de Almeida Pereira, de 22 anos, moradora da zona norte de São Paulo, o resultado da cirurgia ficou semelhante ao da simulação.
Antes de colocar as próteses, ela recorreu à ferramenta para averiguar qual tamanho poderia ser mais adequado na correção de uma assimetria entre os seus seios. Junto ao cirurgião, fez a simulação com um implante de 210 ml. Na cirurgia, o médico introduziu próteses de 205 ml e 215 ml.
“Ficou parecidíssimo, muito engraçado. Dá para ter uma noção bem legal. Eu indico a todo mundo porque dá para ter uma ideia de onde se quer preencher, o tamanho, para você não se arrepender depois”, comenta.
Para Emmanuel Fortes, coordenador da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM, se o cirurgião deixar claro que a simulação não condiz com o resultado da cirurgia, a ferramenta pode ser usada sem implicar falta de ética.
"Fazer simulações, com o auxílio do computador, para indicar ao paciente o resultado que se espera alcançar com um procedimento não fere o que diz a resolução 1974/11 [sobre publicidade médica]. O profissional, no entanto, deve deixar claro que não se trata de uma promessa de resultado, mas tão somente de uma simulação. A garantia ou promessa de resultados é vedada", afirma Fortes.
Vantagem
“A grande vantagem dessa tecnologia é que a paciente visualiza [a prótese] de vários tamanhos e compara seus ângulos, já que cada mulher tem uma forma”, afirma o cirurgião-plástico Alexandre Senra, que usa o simulador há quatro meses em suas pacientes em São Paulo.
Como o programa pode ser acessado pela internet, Senra faz a simulação no próprio computador, sentado ao lado da paciente no sofá de seu consultório.
Fonte: G1