No aplicativo, autista só consegue desenvolver uma tarefa se tiver ajuda de outro autista, o que o ajuda a identificar a importância de estar integrado aos demais.
Dois alunos do mestrado do Departamento de Informática da PUC-Rio desenvolveram jogos para crianças autistas.
Com o auxílio de fonoaudiólogos, psicólogos e com o feedback de mães de algumas crianças, o aluno de mestrado Rafael Cunha criou um game de computador para desenvolver o vocabulário e ajudar no aprendizado de palavras e imagens para crianças autistas de 5 a 9 anos.
A partir de uma interface atraente, as crianças aprendem a distinguir objetos como tênis, sapato e chinelo, por exemplo, e, de acordo com as necessidades específicas de cada uma, é possível acrescentar outras palavras. O visual é bem infantil, com um esquilo comandando as palavras e imagens.
— O desenvolvimento do conceito do game durou seis meses, e mais três meses de desenvolvimento para chegar uma primeira versão operacional — conta Rafael, de 32 anos. — A próxima versão do game será para iPad, iPhone e dispositivos Android, incluindo mais personagens, cenários e novas palavras.
O game ficará hospedado no site jogoseducacionais.com
O outro jogo foi criado pela estudante colombiana de mestrado Greis Silva, de 26 anos. Chamado PAR (de “Peço, Ajudo, Recebo”), o game é instalado em uma mesa touchscreen que permite a interação social de jovens autistas, entre 12 e 17 anos. No aplicativo, o jovem autista só consegue desenvolver uma tarefa se tiver ajuda de outra pessoa que também tenha a doença, o que o ajuda a identificar a importância de estar integrado aos demais. A mesa touchscreen está sendo testada há uma semana com oito crianças e jovens do Instituto Ann Sullivan, especializado no autismo (institutoannsullivan.org.br).
A estudante pretende desenvolver uma segunda versão, mas afirma que os melhoramentos necessários só serão identificados após a análise dos resultados obtidos na aplicação da versão em curso.
Fonte: OGlobo