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segunda-feira, 30 de julho de 2012

No último dia de Campus Party, despedidas e como a tecnologia pode combater a pobreza

Em clima de desmontagem de acampamento, o destaque foi o chileno Julián Ugarte que contou como tem usado a tecnologia contra a pobreza no Chile.

Alguns campuseiros mal tinham acordado quando o último dia do evento teve início. A madrugada foi utilizada para festejar e aproveitar os últimos momentos da Campus Party Recife, no Chevrolet Hall e Centro de Convenções da capital pernambucana. Pela manhã, palestras mais técnicas ditaram que o último dia de programação oficial seria um bom momento para desenvolvedores e estudantes de informática.
O grande destaque, no entanto, ficou por conta do chileno Julián Ugarte, fundador do Centro de Inovação do “TETO”, que humanizou o dia inspirando os participantes à fazerem algo para mudar o mundo, “o espirito de querer fazer algo, mesmo que impossível”, como definiu. Vestido uma camisa da banda Gun’s N’ Rosess, começou sua história mostrando fotos de família e da garota que era apaixonado, perguntando à plateia: “Como eu (apontando para uma foto dele mesmo mais novo), um ‘fracote’ poderia querer algo com uma garota tão bonita? Era o início de querer fazer algo impossível”, comentou.

A partir da brincadeira, Ugarte iniciou a trajetória sobre seu projeto, quando se propôs a resolver o problema de 120 mil famílias que moravam em favelas no Chile. Primeiro, criou residências emergenciais com centenas de voluntários, convidou arquitetos e engenheiros e, por fim, criou casas definitivas. Identificou que as pessoas só tinham condições de comprar em pequenas quantidades e, dessa forma, pagavam mais por isso.

Assim, o chileno se aproximou de grandes empresas, implementou o sistema refil de algumas marcas (as pessoas continuavam comprando em pequenas quantidades, mas com a opção de reabastecer), conseguiu computadores com custo de cerca de R$40 por mês, com internet ilimitada – argumentando com as empresas que aquelas pessoas já gastavam muito mais por mês em lan houses. A ONG de Ugarte também desenvolveu chuveiros artesanais com água corrente, maneiras baratas de tratamento da água para beber, entre outras invenções colaborativas, a partir de inventores voluntários.


Despedida Embora o evento esteja anunciado para ir até o dia 30, não há programação oficial para o último dia, sendo destinado às pessoas arrumarem seus pertences e se prepararem para voltar à rotina. E esses pertences não são poucos: cafeteiras, computadores e monitores enormes, barracas, pacotes de salgadinho e macarrão instantâneo, colchonetes, travasseiro, toalha e roupas para os quatro dias principais do evento.

Eduardo Baia, 20, veio da cidade de Toritama, interior de Pernambuco, começou a arrumar as malas já no domingo. Baia dormiu acampado todos os dias, comeu, tomou banho nas instalações do evento e comparou edição de Recife com a de São Paulo: “Não foi como a edição de São Paulo que fui esse ano também, lá teve mais festas à noite, shows com bandas e saí cheio de brindes. Mas, a segurança foi ótima e me diverti muito, virei de novo.”, concluiu.

A organização da Campus Party Recife conseguiu preparar o evento em cerca de um mês, com o apoio do governo de Pernambuco. O Presidente do Instituto Campus Party, Bruno Souza, afirmou que a escolha de Recife como primeira cidade fora de São Paulo se deu pelo desenvolvimento tecnológico e pela constante participação dos pernambucanos na edição do Sudeste. “Eles sempre ganham muitos prêmios quando vão à São Paulo, isso chamou atenção, algo está acontecendo aqui”, afirmou.

De olho nas Olimpíadas
Os telões do evento exibiram o jogo da seleção brasileira nas Olimpíadas e, mesmo entretidos em seus computadores, os campuseiros gritaram gol e dividiram a atenção dos monitores com o replay dos lances. E, claro, gritaram os já consolidados “uooh”, a cada oportunidade.
No entanto, o público ficou disperso sem as atrações de apelo popular dos dias anteriores. A Campus Party misturou pessoas de interesses diversos, a maioria com a intenção de aproveitar a internet rápida para jogar algum game em rede com os amigos, conhecer novas pessoas e se divertir. Reuniu também profissionais e estudantes com palestras e conferências.
Um exemplo da integração na Campus Party é a dupla Thiago Lima, 22, e Jonatas Darzan, 22. Um veio de João Pessoa e outro do Rio de Janeiro, se conheceram na Campus Party Recife e juntos criaram um sistema para controlar um carro de controle remoto através do celular, “desmontamos o sistema que já veio com ele, elminamos transmissor e receptor e criamos o nosso, controlando pelo celular”, contou Thiago.
A Campus Party Recife conseguiu criar um espaço físico para que essas pessoas se conhecessem e pudessem compartilhar ideias e projetos, focou, principalmente, em empreededorismo e trouxe exemplos de sucesso em diversas áreas, agradou ao público geral com as celebridades da internet nacional e manteve o movimento nos hóteis e pousadas da região no final da alta estação.






Fonte: Ibahia

 
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