Yury Gitahy, Ronald Dener, Leonardo Leitão e Paulo César palestraram. Ideias inovadoras e negócios com foco na economia digital foram abordados.
Na manhã desta sexta-feira (27), o palco principal da Campu Party Recife, que acontece até segunda (30) no Centro de Convenções de Pernambuco e no Chevrolet Hall, recebeu especialistas para discurtir sobre o tema "Web tendências: novos produtos e serviços para um novo consumidor". Yury Gitahy, empreendedor e investidor Anjo; Ronald Dener, presidente institucional do CITI - empresa júnior da UFPE; Leonardo Leitão, especialista em marketing e sócio diretor da Leme; e Paulo César Rezende, engenheiro e mestre em ciência da computação e gerente de Acesso a Mercados e Serviços do Sebrae, palestraram sobre as inovações, ideias, projetos e negócios com foco na economia digital.
Se web era educação, relacionamento, hoje ela é negócio. Yury, que trabalhou na IBM, Sun, ajudou a criar a Bol e gerenciou sistemas da Uol, destacou a evolução da internet junto às novas gerações. "Quando a gente fala de web, tendência, internet tem uma coisa importante de poder participar dessa evolução.

Comparamos brincando que se dermos uma revista a uma criança, ela provavelmente brinca como se fosse um tablet e não uma revista impressa. O interessante é que essa geração agora está vendo essas coisas mudarem. O pessoal que está a mais tempo está pegando o passo dessa mudança. A taxa de crescimento da internet e web em geral é grande, imagine o que pode ser daqui a cinco ou dez anos", disse.
Gitahy ainda falou sobre a ousadia da geração mais nova."O interessante é que a geração mais nova propõe mudanças.Ela faz, não espera opinião. É importante sempre propor uma coisa que se possa transformar em negócio depois, tentar aproveitar esse momento para criar coisas novas, para mudar o mundo é preciso primeiro mudar o bairro. Existem empresas muito simples, como o Peixe Urbano, por exemplo, 30% de vocês já compraram através dela, eles chegaram a um milhão de usuários em pouco tempo. Para a classe emergente, ter um poder de consumo com preços mais baixo é muito bom, é por isso que eles cresceram. O Peixe Urbano é um exemplo, é uma ideia clara de aproveitar a tendência de consumo da internet", informou.
Para Ronald Dener, uma coisa que se percebe é que não há mais tanta barreira online e offline. "São diferentes gerações aqui mas todas lutando em prol da evolução. A gente tem um agregado de várias plataformas, um conceito novo é o de consumerização [termo dado para o uso de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho adotados por profissionais de tecnologia]. Essa evolução chega primeiro aos usuários e depois às empresas", comentou. Dener explicou que os funcionários das empresas estão mudando o comportamento empresarial. "Em relação a consumerização, alguns integrantes da empresa utilizavam tecnologias novas, ferramentas muito mais agéis do que as que as próprias empresas utilizam. Algumas empresas estão começando a acatar essas ferramentas em seu ambiente empresarial", disse.
O especialista em marketing, Ricardo Leitão, acredita que é preciso fazer da ocasião uma oportunidade, buscando novas tecnologias e colocando algo novo para o cliente. "Novas tecnologias saem daqui de Pernambuco, um cenário incrível. cada dia a gente vê alguma coisa nova. As mídias sociais estão todas preparando conteúdo direcionados para seus clientes. Um exemplo foi o do facebook da C&A, você ía na página da C&A e dizia o modelo que achava legal e dava o like, aquilo o consumidor acaba influenciado, isso gerou um boom louco, foi um sucesso. Isso tudo em pegar uma tecnologia nova. É importante buscar o conteúdo personalizado, o foco, pesquisar o consumidor e vai direcionado a ele", explicou.
O engenheiro e mestre em ciências da computação, Paulo César Rezende, tentou provocar o público. "Queria fazer duas provocações: uma delas é que uma tendência é empreender, é fazer sua própria empresa, isso é uma webtendência. Outra provocação particular é o mundo dos aplicativos porque um bom pedaço do negocio vai ser tocado por alguém, como por exemplo o google, android, buscapé, mercado livre", contou. Rezende indica que o interessado em tocar algum negócio pode se juntar a outra pessoa, uma que tenha ideias e outro que saiba codificar. Ele acredita que a inovação é pouco aplicada ao negócio. "A limitação do capital no empreendedorismo digital é muito menor. Existe pouco modelo de negocio inovador, tem que fazer primeiro. Nunca se teve uma oportunidade tão grande de inovar, porque é muito mais barato que o passado, principalmente quando se fala em web. Quando se olha no mercado, hoje isso é possível porque não se está preso a uma necessidade de capital. A gente tem que ser mais ousado, pensar um pouco mais longe", acredita.
Fonte: G1