Meira foi acompanhado do filho, Pedro, conferir a Campus Party Recife. Ele acredita que evento só confirma vocação da cidade para área tecnológica.
A Campus Party devia ser um evento permanente. É o que defende o cientista-chefe do C.E.S.A.R., Silvio Meira. Com o filho de dez anos, Pedro, Silvio está entre aqueles que quer acompanhar tudo da Campus Party Recife, que acontece até a segunda-feira (30), no Centro de Convenções de Pernambuco e no Chevrolet Hall. "Vou vir aqui quase todos os dias. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. A gente tem desde o desenvolvimento de um robô até o lançamento do Partido Pirata", conta.

Para Silvio, além de permanente, a CP tinha que existir em várias cidades, principalmente no Nordeste. "Tínhamos que ter uma no Recife, outra em Campina Grande e por aí vai. É quase um milagre que exista a Campus Party apenas promovida por uma empresa. Mais importante que a tecnologia hoje em dia é a relação entre as pessoas", acredita o cientista.
A vinda do evento para o Recife só vem confirmar a vocação que a cidade sempre teve na área da tecnologia. "Nós tinhamos antigamente aqui no Recife a Feira da Sucesso, que era uma feira de hardware. Hoje, sai de cena essa questão de apresentar uma impressora nova, um monitor novo. O mais importante é a ligação que é feita entre as pessoas. Os laços que são construídos em eventos como esse são fortes e essenciais para a sociedade avançar", defende.
As pessoas que vem para a CPRecife estão tentando entender o que está acontecendo no presente, mais do que olhar para o passado ou o futuro, segundo Silvio. "Quem está aqui, já percebeu também uma coisa. No futuro, ou você programa, ou você é programado. Os participantes da CP estão entre os que não querem ser programados. São programadores, nos mais variados sentidos que essa palavra pode assumir", diz.
Outro aspecto importante do evento é a oportunidade de conhecer os novos nomes do ramo da tecnologia. "A CP não pode ser a festa das pessoas conhecidas. Eu ajudei a organizar a programação e a nossa preocupação foi trazer pessoas que estão desenvovlendo trabalhos interessantes, mas o grande público não conhece", explica.
Por isso, Silvio recomenda a pessoa ir para a Campus Party com um olhar curioso. "É preciso entrar e observar o que está acontecendo, fazendo uma 'degustação' de tudo o que está acontecendo", aconselha o cientista-chefe do C.E.S.A.R.
Os jogos e competições de games como Mortal Kombat e Street Fighter fazem também parte do que torna o evento especial, mas nessas horas, Silvio passa o bastão. "Meu filho Pedro é meu representante nessas horas", brinca. Apesar de um pouco tímido, Pedro se mostra animado. "Eu gosto de jogar, dependendo, acho que entro em alguma competição", conta o menino.
Fonte: G1